Responsabilidade Ambiental

21 de novembro de 2011 - 12:51

Com o inicio das obras na Área Central de Fortaleza, em agosto de 1999, no trecho entre as Estações Padre Cícero e João Felipe, o METROFOR, considerando que o traçado subterrâneo do Metrô correspondente ao canteiro central das Avenidas Carapinima e Tristão Gonçalves, interagiria com toda vegetação ali situada decidiu elaborar um Cadastro e o Diagnóstico da Vegetação Arbórea do Canteiro Central, daquelas avenidas.

 

DIAGNÓSTICO DA VEGETAÇÃO ARBÓREA

O diagnóstico foi dividido em duas etapas: a da situação das árvores no campo e a de atividades em laboratório. Inicialmente foi levantada a situação atual das árvores no canteiro central das Avenidas Carapinima e Tristão Gonçalves, abrangendo: as falhas e as árvores mortas existentes entre as jovens e adultas ali plantadas; a identificação botânica de todas elas; e a coleta de amostragens para analise. Após as inspeções, o material coletado de diferentes espécies botânicas com problemas fitossanitários foi encaminhado para laboratórios de entomologia e fitopatologia.

Também, de acordo com o levantamento feito, constatou-se que o canteiro central das avenidas Carapinima e Tristão Gonçalves continha 17 espécies botânicas, num total de 160 plantas vivas, 10 mortas e 31 falhas.

Destas 160 plantas existentes nos 16 quarteirões apenas 42,50% apresentaram condições de serem transplantadas. As demais se encontravam comprometidas (danificadas). Verificou-se ainda que o número de falhas (15,42%), somado com os replantios realizados (20,90%), demonstra que houve mortalidade de 36,32% das espécies botânicas ao longo do tempo.

Vários fatores foram responsáveis pela grande perda da arborização das avenidas em estudo e da situação atual das árvores sobreviventes: 

 Falta de acompanhamento com práticas agronômicas adequadas, tais como adubação, irrigação, controle de pragas, doenças, plantas invasoras, podas de formação e limpeza;
 Fatores climáticos;
 Serviços públicos: drenagem, rede de energia elétrica, excesso de tráfego, causando compactação do solo, asfixia radicular provocada pela cobertura asfáltica e construção dos canteiros centrais após o desenvolvimento das árvores. 

Aos fatores acima relacionados também estão associados a depredação mecânica, pela utilização das plantas para suporte de anúncios comerciais, sua utilização como depósitos de lixo e até mesmo como mictório público no caso das árvores localizadas próxima aos bares e restaurantes. 

Os dados obtidos com o levantamento revelam que as plantas vivas de diferentes espécies botânicas nas áreas avaliadas podem ser agrupadas em adultas e jovens (replantios), sendo que parte das adultas já atingiram a senilidade.