Ceará Transparente: Investimentos em infraestrutura abrem caminhos para o desenvolvimento do Estado

28 de agosto de 2017 - 00:00

28.08.2017

Por terra, pelo ar, pelo mar ou sobre trilhos. Os caminhos para o desenvolvimento do Ceará são diversos e recebem investimentos constantes. O salto na infraestrutura do Estado ajuda no escoamento da produção, integra as regiões, estimula o turismo e dá qualidade de vida aos cearenses.

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É no mar que está atualmente um dos principais investimentos estruturantes do Ceará. O Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, passa pela segunda ampliação. Com localização privilegiada e estratégica para a movimentação de cargas para Estados Unidos, Europa e Ásia, o terminal recebe investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em obras e equipamentos. A expansão inclui a ampliação e pavimentação do quebra- mar, a construção de uma nova ponte de acesso e a construção de mais três berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres. Estes últimos equipamentos são voltados para operação com carga geral e produtos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Os recursos também foram utilizados na aquisição da Correia Transportadora de Minérios e do Descarregador de Minérios. Ainda estão sendo investidos outros R$ 117.950.000,00 em quatro Carregadores de Placas.

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“Esses investimentos vão elevar o Porto do Pecém a um patamar dos mais qualificados do Brasil. Essa ampliação nos dá a condição de quintuplicar a capacidade, nos preparando para uma parceria com o Porto de Roterdã, que vai nos trazer expertise e novos negócios”, destaca o secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes. A obra também coloca o Porto do Pecém em posição de destaque no cenário internacional. Por estar em uma localização estratégica e oferecer a infraestrutura adequada (profundidade, berços, equipamentos e área), o Porto do Pecém desponta como um forte candidato a receber um hub de cargas, principalmente depois da ampliação do Canal do Panamá e da construção do Canal da Nicarágua.

O porto deverá ainda ter a infraestrutura reforçada com a transferência do parque de tancagem do Mucuripe, em Fortaleza, para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). A Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), junto com a Cearáportos, vai realizar até setembro chamada pública para escolher um parceiro privado para realizar as atividades de carga, descarga, estocagem e distribuição de combustíveis derivados de petróleo, que ali serão estocados em área apropriada e segura, com possibilidade de ampliações. “Os motivos para essa mudança são, principalmente, as inadequadas condições ambientais, de segurança operacional e de segurança para a população que reside no entorno do Porto do Mucuripe”, diz o secretário.

O Governo tem garantido uma malha viária extensa e em boas condições de trafegabilidade. São mais de 7 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, interligando pessoas e encurtando distâncias entre os polos de produção. Até 2018, serão investidos R$ 2 bilhões em obras de pavimentação, restauração e duplicação em todas as regiões, beneficiando toda a população cearense. “São obras importantíssimas porque ligam pessoas, transportam a produção e promovem o turismo”, ressalta Lucio Gomes.

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Três obras de grande importância para o Ceará, principalmente para a Região Metropolitana de Fortaleza, são a implantação da CE-010 – que liga a Praia do Futuro à CE-040 – as restaurações, com duplicações, do 4º Anel Viário e da CE-155 – que liga a BR-222 ao Porto do Pecém. Esses três benefícios, em parceira com o Governo Federal/DNIT, garantirão a ligação, em via dupla, com todas as condições de conforto e segurança, dos dois portos do Ceará: Pecém e Mucuripe.

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Metrôs e VLT

Os deslocamentos por terra também têm sido facilitados com a operação de modais metroferroviários. No Cariri, o metrô oferece transporte ágil e seguro entre os municípios de Crato e Juazeiro do Norte, num percurso de 13,6 km de extensão, passando por 9 estações. Já em Sobral, na Região Norte, o metrô interliga os quatro cantos da cidade, através de duas linhas em operação. Na Região Metropolitana de Fortaleza, duas linhas atendem, em média, 27 mil pessoas por dia. A Linha Sul do metrô, que liga Pacatuba a Fortaleza, faz um percurso de 24,1 km e conta com 19 estações. Já a Linha Oeste liga o centro de Fortaleza ao município de Caucaia e passa por 10 estações.

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Outro investimento em mobilidade urbana, que vai melhorar a qualidade de vida das pessoas, é a construção do VLT Parangaba-Mucuripe, que terá 13,4 quilômetros de extensão e passará por 22 bairros. Em parte do trecho, entre a Parangaba e a avenida Borges de Melo, a população já começa a se habituar com a disponibilidade do novo serviço. O modal está em operação assistida, transportando passageiros gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 6h às 12h, passando por quatro estações. Já as obras no trecho que corresponde à passagem inferior da Borges de Melo alcançam cerca de 70% execução e estão em bom ritmo. O último trecho, que fica entre as estações Borges de Melo e Iate, teve avanços significativos e passou por nova licitação, na última semana, visando sua conclusão.

A malha metroferroviária de Fortaleza será expandida ainda com a construção da Linha Leste do metrô, que vai ligar o Centro ao bairro Edson Queiroz, totalizando 13,2 quilômetros de extensão. A previsão é de que a Linha Leste atenda 400 mil usuários por dia quando integrado com os demais modais de transporte.

Aeródromos no raio de 100 km

A infraestrutura de integração entre as regiões passa também pelos investimentos no setor aeroportuário, que contribuem para o incremento do turismo e dos negócios. A meta é que haja a partir de qualquer ponto do estado um aeródromo homologado a um raio máximo de 100 quilômetros. O Departamento Estadual de Rodovias (DER), órgão vinculado à Seinfra, administra 12 aeroportos, sendo 10 deles com balizamento noturno.

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O último avanço no setor foi a inauguração do aeroporto de Jericoacoara, no município de Cruz, em junho. O equipamento, que custou R$ 74 milhões, já conta com voos semanais das empresas aéreas Gol e Azul. O próximo equipamento a ser homologado para voos comerciais será o de Aracati.

Autossuficiência energética

A nova política energética do Estado prioriza as fontes renováveis de energia, em especial a eólica e a solar. Para fortalecer e estimular o setor, foi criada a Secretaria Adjunta de Energia, Mineração e Telecomunicações, ligada à Seinfra. A nova secretaria atua na formulação e na implementação de planos estratégicos e de políticas ligadas ao setor, estabelecendo objetivos, diretrizes e estratégias para garantir a atração de investimentos necessários ao desenvolvimento da cadeia produtiva da área.

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Hoje o Ceará gera 3.806 MW de energia elétrica, bem acima da demanda do Estado que é de 1.800 MW. A energia eólica é a segunda principal fonte energética do Ceará, com capacidade de geração de 1.651 MW, atrás apenas das térmicas, que geram 2.152 MW de energia. São 61 parques eólicos em funcionamento e 22 em construção. Os empreendimentos estão localizados no litoral e na região serrana. No Brasil, o Ceará está entre os cinco principais geradores de energia a partir do vento.

O Ceará também ganha destaque quando o assunto é a microgeração distribuída, que é a geração elétrica realizada pelo próprio consumidor a partir de fontes renováveis ou de alta eficiência energética. Ao todo, são 470 unidades ou centrais geradoras eólicas e fotovoltaicas com potência instalada de 20.472,69 KW (quilowatts), o que deixa o Ceará em quarto lugar em capacidade instalada o Brasil.

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Ainda no âmbito da energia, faz parte do escopo da Seinfra a Companhia de Gás do Ceará (Cegás). Ela é a responsável pela distribuição de gás natural canalizado no Estado. Com forte presença em Fortaleza e Região Metropolitana, a Companhia se prepara para expandir a oferta de gás para o interior cearense, através do transporte de gás liquefeito por caminhões a centros regionais, como Sobral, na Região Norte.

O salto nas telecomunicações

Os investimentos em infraestruturatambém permitem encurtar distâncias através da tecnologia. O projeto Alô Sertão leva serviço de telefonia móvel e transmissão de dados com a tecnologia 3G a localidades cearenses. O projeto, em execução, custa R$ 135 milhões e já beneficia 433 das 475 localidades contempladas pela iniciativa.

Outras obras

A Seinfra, através do Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), também assina a maior parte das obras realizadas pelo Estado. Considerado o maior escritório de projetos e obras de edificações do Ceará, o DAE atua hoje em quase 500 obras, como escolas, hospitais, cadeias e equipamentos culturais. Nos últimos 5 anos, foram gerenciados recursos públicos investidos em obras no montante de mais 4,3 bilhões de reais.

Foto: Tiago Stille e Asscom / Governo do Ceará